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Lema: Nascemos para pescar mas somos obrigados a trabalhar!

domingo, 3 de outubro de 2010

Cabeleira na Carretilha - Dicas de como evita-la !

Durante uma pescaria, alterações bruscas de situações tal como início de vento forte, mudança brusca de peso de isca utilizada e outras podem sugerir uma alteração na regulagem do freio anti cabeleira.
Regulagens feitas, vamos falar nos fatores que provocam a cabeleira.
Vários são os fatores que podem fazer a linha diminuir sua velocidade. Os mais notáveis são:
-    Vento contrário, que pega a isca no meio do caminho e diminui sua velocidade, mas não o giro do carretel.
Formas de evitar – Aumente a atuação do freio mecânico e do anti cabeleira. Procure arremessar de forma mais paralela á água evitando assim uma ação maior do vento.
-         Arremessos realizados em ângulo muito aberto, pois quando a isca sobe ela perde velocidade na subida rapidamente.
Formas de evitar – Procure corrigir o ângulo de arremesso evitando assim que a velocidade da isca diminua tanto. Sabe-se fisicamente que o ângulo que mais trás eficiência em distância é o de 45 graus. Treinando você achará esta relação com certa facilidade.
 -         Obstáculos, que podem parar a isca totalmente, mas o carretel continua girando. Tocos, árvores e até mesmo a batida da isca na água.
Formas de evitar – Trave imediatamente o carretel com o dedo quando a isca atingir algum obstáculo, ou quando esta chegar ao seu destino.
-         Atrito excessivo nos passadores da vara.
Formas de evitar – Utilize linhas de bitolas mais finas ou uma vara de melhor qualidade.
Além desses fatores, existem outros menos notáveis e talvez aí é que esteja o pulo do gato. Dois dos mais importantes são a relação de força no arremesso e o peso das iscas utilizadas.
Os dois fatores atuam num conceito chamado arranque.
Num arremesso é necessário que a diferença entre a velocidade de saída inicial da linha (arranque) e sua velocidade final, tenha uma diminuição lenta e gradual para que tudo aconteça de forma perfeita. Se na saída dermos uma força de arranque muito grande e se a condição de condução da isca no ar for desfavorável, a velocidade da isca diminuirá rapidamente e o carretel continuará girando de forma mais rápida provocando a cabeleira.
Isso ocorre, por exemplo,  quando usamos iscas leves e muita força no arremesso. Seu peso desfavorece uma condução da linha em grande velocidade, mesmo sem vento algum. Assim, não podemos imprimir força de arranque demasiada, pois ela iria iniciar um giro no carretel muito mais rápido do que a isca irá ser levada. Assim, com iscas mais leves, devemos imprimir uma força de arranque menor, sendo o ideal encontrarmos a relação perfeita entre a velocidade de saída e a de chegada da isca, com a diminuição lenta e gradual que citamos anteriormente.
Mesmo para iscas pesadas, existe um limite de velocidade de arranque. Naturalmente quanto mais pesada a isca, mais arranque inicial ela irá provocar no carretel, mas seu peso, por outro lado, ajudará na condução da linha. Mesmo assim a dose de força de arranque é necessária, pois a condução boa da linha não é infinita.
Parece uma equação difícil e complicada, mas existe uma solução bem fácil que ajuda bastante a chegar neste ponto ideal de força.
Esta solução, apesar de simples.  é muito difícil de se explicar na escrita, mas mesmo assim vamos tentar.
O ideal é que se use sempre varas compatíveis com o peso das iscas a serem arremessadas (casting). Desta forma deixaremos que o corpo destas varas façam o trabalho de arremesso para nós, não sendo necessário colocar força a mais.
Quando arremessamos uma isca, o movimento da vara deve ser contínuo, ou seja, o movimento para trás e depois para a frente não deve ter intervalos e deve ser como se tudo fosse um único movimento. A força deve ser empregada apenas no momento em que estamos levando a vara para trás. Se estivermos usando uma vara compatível com o peso da isca, no momento em que alterar o movimento para a frente, esta irá vergar continuando sua trajetória para trás e depois imediatamente voltará espontaneamente para a frente. Assim, quando do nosso movimento do braço para a frente, devemos apenas acompanhar a vara, não imprimindo mais força, pois o seu trabalho espontâneo será suficiente para arremessar a isca a grande distância.
Naturalmente tudo isso funciona perfeitamente apenas e tão somente se usarmos varas compatíveis com o peso da isca. Uma vara pesada não irá vergar com uma isca leve e uma vara leve não ira voltar de forma perfeita com uma isca mais pesada, podendo até quebrar. 
Este trabalho da vara se aproxima muito da relação perfeita entre arranque e a velocidade final da isca. Assim, no início, nunca imprima força no movimento para a frente de seu arremesso, deixando a vara trabalhar para você. Com o tempo, você perceberá que poderá até colocar alguma força no movimento para a frente, porém esta força será sempre para vergar mais a vara aumentando seu trabalho e não para efetivamente você arremessar a isca.
Finalmente e como última dica muito importante, sempre que for fazer seus arremessos mantenha o dedo raspando de leve na linha do carretel. Isso fará com que você possa sentir imediatamente qualquer leve afofada que a linha comece a criar no carretel, podendo rapidamente imprimir mais pressão com o dedo, diminuindo a velocidade do carretel evitando que a situação se agrave ou até mesmo que a cabeleira se forme. Isso é o que alguns amigos chamam de freio digital (com o dedo).

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